Se tu queres dar uma lembrança
que não seja livro nem seja dúvida
dê-se como uma lágrima vacilante, turva
Se tu insistes em dar-se em livros
que não tenha índice, sumiço e sumário
dê-se ao desperdício do meu dicionário
Se tu queres marcar-se em páginas
que não evoque assinatura, recado e amizade
dê-se às possibilidades da brancura de novidades
Se tu queres enjoar de minhas leituras
que não esconda em gaveta e caixa de papelão
dê-se ao toque da estante: lombada sorrindo para mão.
Fran Yan Tavares
domingo, 11 de março de 2012
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Um comentário:
essa tradição de bons poetas cearenses que não se perde... saravá, parceiro!
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