quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vazando vazio

Agora não mais procurava
o que sabia não encontrar
não tentava contar os fios ruivos
da barba rala que não fechava
não comprava o sono dos compêndios
que dormiriam no calor da estante
não engrossaria a marcha de bloco
cujo porta-estandarte não fosse um bêbado
não cativaria para não ser responsável
não apertaria coração que não pudesse bater
não telefonaria a cobrar nem cobraria telefonema
não queria nada do que havia sido, mas que parecesse com tudo...

Fran Yan Tavares

Um comentário:

Jorge Luan disse...

Só melhora, Fran! Abração