quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O céu da boca

Minha boca abre sorrisos
azulejos esmaltes dentes
meu ciso sem nenhum juízo
paraíso maçã tentações serpente

Minha boca não se reconhece
erudita maldita popular
docemente cruel não estremece
recitando Ferreira Gullar

Minha boca não respeita tempo
quer estalo piscadela segundo ar
mistura porções antídoto e veneno
amordaçada, tudo quer atropelar...


Fran Yan Tavares

2 comentários:

Danilo Cruz disse...

Mais um que bebe da fonte de Ferreira Gullar... Boa poesia camarada!

http://purasubstancia.blogspot.com/

Giovanni Nogueira disse...

mto bom... siga meu blog tb! zinemundounderground.blogspot.com