A imagem da mulher amada
minha mulher
minha amada
partindo, indo em bora
revela um barquinho
que aos poucos vai... vai...
vai... vai... se distanciando do cais
No barquino não sou que vou
quem vai é ela
e da beirada da calçada
molhada sou eu que soluço
e sigo acenando para ela
com um lenço na mão
e tantas coisas no coração
O amor dera uma trégua
mas esqueceu de pedir
para eu deixar o cais
e como é ruim, meus deuses,
acenar com esse lenço
sem ver andorinha, barquinho, amor
apenas eu, sem fim, jamais...
Fran Yan Tavares
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
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2 comentários:
[engasgo]
Lindo esse poema, meu caro, ferido de mortal beleza...
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