sábado, 26 de dezembro de 2009

Sem ninguém pra dublar

Hoje não tem poesia!
só há vagas para quem quiser ficar
de bobeira, sem eira nem beira
de flosô, sem beijo e sem flor

Hoje não tem anarquia!
só há vagas para quem quiser ficar
no birô, sem bilrros e sem dor
na cadeira, sem chá e sem cidreira

Hoje não tem amor!
só há vagas para quem quiser ficar
ficando, sem telefone e sem engano
no mundo, seja cigano seja vagabundo



Fran Yan Tavares

2 comentários:

Isabel disse...

Palavras que tanto me fazem bem.
Do nada entro aqui e saio melhor, em qualquer circunstância tem algo aqui pra mim. Pra todos. Pra alimentar almas.

henrique disse...

hoje não tem comentário!
a não ser o de que esse é um ótimo poema (:
um abraço, Fran!